Quem Somos

resistencia

Junte-se à Resistência!

Por uma alternativa socialista!

 

            Sob o capitalismo, não há palavra que defina melhor o cotidiano da classe trabalhadora e dos setores oprimidos que “resistência”. Resistência à exploração, à alienação, à opressão, à violência e à dominação. No Brasil, essa resistência se alimenta da experiência histórica de nosso povo negro que resistiu por séculos à escravidão até conseguir impor a abolição legal dessa terrível e brutal forma de exploração. Em termos globais, muitas das conquistas dos trabalhadores no pós-II Guerra Mundial se devem à resistência dos trabalhadores de França, Itália e outros países, que foi indispensável para derrotar o nazifascismo.

            O atual momento histórico atualiza de forma dramática essa necessidade de resistência. Com a pesada ofensiva da burguesia – brasileira e mundial – contra os direitos e condições de vida dos trabalhadores e oprimidos, resistir é cada vez mais urgente. E mais. Com os seguidos ataques de uma extrema-direita fascista à esquerda e suas organizações, resistir se torna, de fato, a única forma possível de continuar a existir. Resistimos, portanto, porque é isso o que nos faz vivos. É com esse espírito que fundamos a Resistência, fruto da fusão da Nova Organização Socialista (NOS) e do Movimento por uma Alternativa Independente e Socialista (MAIS). Se essas duas organizações anteriores já resistiam a todas as contrarreformas do governo Temer, com a fusão, seremos ainda mais fortes nessa batalha.

            Para nós, entretanto, resistir não é simplesmente negar tudo aquilo que nos oprime e esmaga. Resistir é, também, o primeiro passo na construção de uma nova sociedade, contrária a toda forma de exploração e opressão. É na luta de resistência que a classe trabalhadora e os setores oprimidos tomam consciência da sua força coletiva e aprendem a não aceitar os limites e as injustiças da ordem existente. É na resistência que começam a construir novas relações fundadas na solidariedade, na igualdade e na liberdade.

            Tornar real todo esse potencial, por sua vez, implica em resistir a todo e qualquer atalho político. Acreditamos que não é possível tornar a trilhar a via da conciliação de classes e esperar resultados diferentes. Foi essa via, adotada pelos governos petistas, que desarmou ideologicamente e desorganizou politicamente a classe trabalhadora, abrindo o caminho para o golpe de 2016 e o crescimento da extrema-direita. Por isso, resistiremos ombro a ombro com todos aqueles que se coloquem contra os ataques aos direitos sociais e às liberdades democráticas, mas temos o nosso próprio projeto político. Somos parte do PSOL, como corrente interna deste partido. Nas eleições, estamos ao lado de Boulos e Guajajara, uma candidatura que é fruto da aliança PSOL/PCB/MTST/APIB e confronta diretamente os interesses da burguesia. Estrategicamente, apostamos na via revolucionária como única forma possível de superação do capitalismo.

            Por fim, embora convictos de nossas posições, resistimos igualmente a toda forma de sectarismo e autoproclamação. Sabemos que não somos os únicos revolucionários e que sozinhos não poderemos realizar todo o potencial emancipatório da classe trabalhadora. Sendo assim, estamos permanentemente abertos ao aprofundamento do diálogo com os demais revolucionários, buscando gerar novas sínteses e fusões. É por ter consciência dos nossos limites frente à grandeza da estratégia socialista que convidamos todos aqueles que estão ao nosso lado nas lutas para construir conosco a Resistência.Somente assim poderemos produzir uma organização que esteja à altura dos desafios do nosso tempo.